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O setor de Moda, Têxtil & Vestuário e a sua participação no aquecimento global.



Ações são urgentes para mitigação dos efeitos no clima.


Um dos maiores consensos na preocupação ambiental é a emissão de gases de efeito estufa, responsáveis pelo aumento da temperatura global, entre outros impactos. Esse é um fato cientificamente documentado e várias iniciativas ao nível nacional e global tem por objetivo fixar metas de redução na emissão desses gases. O Acordo de Paris propõe como meta limitar o aquecimento global em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.


Isso significa uma redução de cerca de 45% das emissões até 2030, e zero até 2050.


Por outro lado, agendas ESG de diferentes fundos também avaliam igualmente ações que diminuam essa emissão.

O setor Têxtil/Vestuário e Moda é considerado responsável por cerca de 8 a 10% do total de emissões de CO2 ao nível global e se encontra em um dilema: crescer, com o desafio urgente de diminuir essas taxas.

A iniciativa da ONU para o setor global obteve adesões de stakeholders em relação à meta de redução em 30% até 2030, o que significa uma redução de 0,5 bilhão de toneladas de gases de efeito estufa. Esse nível deve ser atingido sistemicamente, ou seja, tanto quanto à produção quanto ao consumo. Isso leva a grandes mudanças, não somente quanto a qual material e como as roupas são produzidas, mas também conforme são utilizadas após a produção.

O consumo de energia em algumas fases da produção é o que mais contribui para as emissões de CO2 no setor.

Isso significa que, mesmo tendo uma matriz de energia renovável, muito desse impacto é causado pela cadeia de valor, mediante insumos importados de países com matrizes energéticas de fontes como petróleo e carvão. Nossa matriz renovável gera muito menos CO2 em seu ciclo de vida do que as de fontes não renováveis, porém não é zero.

Portanto, a eficiência energética é um fator tanto econômico quanto ambiental na empresa.


Segundo o relatório da Textile Exchange, existem 3 áreas que podem contribuir para uma diminuição dessas emissões:


  1. A substituição das matérias-primas. O relatório declara que as matérias-primas de substituição precisam ser cada vez de maior proporção de culturas orgânicas, práticas agrícolas regenerativas e materiais reciclados. A produção responsável e produtos com certificações reconhecidas devem ser adotados por marcas para controlar sua cadeia de fornecedores. No entanto, em relação especificamente à emissão de efeito estufa, de acordo com análise do Higg Index, os impactos de fiação e tecelagem de fibras como seda e lã podem ser ainda maiores do que as sintéticas.

  2. A adoção contínua de inovações, por meio de modelos de negócios circulares em escala industrial: reciclagem de resíduos pós-produção, tecnologias que aumentam a eficiência do aproveitamento da matéria-prima, o desenvolvimento de parcerias que fortalecem a logística reversa, pós-produção e pós-consumo.

  3. A produção com propósito, que está de certa forma relacionada à moda com propósito, como já foi abordado por André Carvalhal (@carvalhando). Uma moda que é concebida e que vai de encontro a uma nova mentalidade, considerando inclusive o comportamento de uso e descarte do consumidor.


Colocar em prática essas recomendações são o desafio e a oportunidade para as empresas atualmente.

Referências:

Fashion Industry Charter for Climate Action: UNITED NATIONS (unfccc.int)

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